UNITA - ANGOLA
O regime angolano manifestou irritação com algumas empresas baseadas, em Benguela, por terem aceite fazer prestação de serviços para hospedagens, rente-A-Car, e montagem de material para um comício da UNITA, realizado neste final de semana, naquela localidade, em homenagem ao nascimento de Jonas Savimbi.
13/03/2023
“Todo o empreendimento humano precisa de uma orientação e de uma direcção. Os homens não se autodirigem. Os homens têm de ser dirigidos”. Dr. Jonas Malheiro Savimbi

Sob o lema “UNITA – 57 ANOS POR UMA ANGOLA INDEPENDENTE, DEMOCRÁTICA E DESENVOLVIDA”, comemora-se o 57º aniversário da fundação da União Nacional para a Independência Total de Angola.

A necessidade da criação da UNITA nasceu da iniciativa de um grupo de patriotas que por força das circunstâncias reuniram-se em Brazaville, em Dezembro de 1964, tendo tornado público um manifesto nos seguintes termos:

“- animados pela vontade inabalável de combater até ao fim o colonialismo português;
- Conscientes da fase difícil que atravessa o nacionalismo angolano;
- Conscientes do facto de que o colonialismo português não largará a pátria angolana sem uma luta político-militar consequente;
- Conscientes também da solidariedade de todos os povos do mundo;
- Decididos a cooperar sinceramente com todas as formações político-militares dos patriotas angolanos tanto no interior como no exterior do país, juramos:
1. combater o colonialismo de maneira consequente;
2. encorajar e colaborar activamente em todas as iniciativas tendentes a reagrupar a totalidade das forças vivas angolanas numa única frente de combate;
3. prestar uma grande atenção à mobilização das massas angolanas;
4. combater o imperialismo sob todos os seus aspectos em todas as frentes;
5. preparar todo o país para uma luta que pode durar muito tempo, forjando assim um espírito permanente de luta”; fim de citação.
Deste ideal sintetizado, nasceram os três princípios fundantes que nortearam a filosofia de luta da UNITA:
1. Manter a Direcção do Movimento no Interior do país, em contato com as largas massas de soldados e do povo;
2. Unir todo povo angolano na luta contra o colonialismo português e contra outras formas de dominação, e
3. Contar essencialmente com as nossas próprias forças.
Da conjugação destes princípios com os valores: Patriotismo, Democracia, Respeito pelos direitos humanos, Liberdade, Justiça Social, Solidariedade, Integridade, Dignidade e Subordinação da política à ética, como sustentáculos filosófico-programáticos nasceu o Projecto do Muangai que se articula como segue;
- Liberdade e independência total para os homens e para a pátria-mãe;
- Democracia assegurada pelo voto do povo através dos vários Partidos Políticos;
- Soberania expressa e impregnada na vontade do povo, de ter amigos e aliados, primando sempre os interesses dos angolanos;
- Igualdade de todos os angolanos na pátria do seu nascimento;
- Na busca de soluções económicas, priorizar o campo para beneficiar a cidade;
Por ocasião do 13 de Março de 2023, o Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA rende homenagem ao seu líder fundador Dr. Jonas Malheiro Savimbi e a todos os filhos de Angola, que nas diferentes frentes de combate, verteram o seu suor e sangue para a liberdade, independência e democracia em Angola.

A UNITA orgulha-se da sua rica história de 57 anos, sobretudo pelo seu contributo de qualidade nas grandes viragens da História de Angola,nas últimas cinco décadas.
Sob a sábia, clarividente e corajosa liderança do Dr. Jonas Malheiro Savimbi, introduziu um novo conceito de luta que melhor se ajustava à realidade humana, cultural, económica e política de Angola.

Irredutível nos seus princípios e mesmo confrontada com a hostilidade fratricida do MPLA e da FNLA, a UNITA foi a única força nacionalista angolana cuja a Direcçãao se encontrava no interior de Angola, quando ocorreu em Portugal, o golpe de Estado de 25 de Abril de 1974.
Antecipando-se ao cenário de mudanças no xadrez político português, a UNITA foi a primeira a assinar o cessar-fogo com as forças portuguesas em Angola, tendo a FNLA e o MPLA lhe seguido o exemplo mais tarde.

A UNITA liderou, na pessoa do Dr. Savimbi. a iniciativa de unidade entre os três movimentos, através dos acordos bilaterais celebrados entre eles em Kinshasa, Vila Luso e Mombassaa, onde os mesmos viriam a assinara o acordo tripartido de Mombassa, no Kenya, em janeiro de 1975, sob os auspícios do veterano Jomo Kenyatta. Foi este acordo que serviu de base negocial do Acordo do Alvor com as autoridades coloniais portuguesas ainda em Janeiro de 1975.

Perante a iminência da guerra civil que se vislumbrava coube, mais uma vez, ao Dr. Savimbi e a UNITA o papel apaziguador para salvar o Acordo do Alvor, através doutro acordo tripartido assinado em Nakuru, ainda no Kenya em Junho de 1975 afim de preservar a paz.

O Dr. Jonas Malheiro Savimbi ficou conhecido como MWATA da Paz pelo seu esforço político-diplomático, junto do povo angolano, das lideranças africanas e da OUA, em prol da paz em Angola.

Saída de Luanda, em Agosto de 1975, na sequência da intervenção de forças estrangeiras em Angola, aliadas do MPLA, a UNITA liderou a resistência popular generalizada para a conquista da liberdade e democracia, que culminou com a assinatura dos Acordos de Paz de Bicesse, pelo Eng. José Eduardo dos Santos e pelo Dr. Jonas Malheiro Savimbi, a 31 de Maio de 1991.

Ao abrigo dos Acordos de Bicesse, Angola passou, formalmente, para um Estado Democrático de Direito, com o sistema político multipartidário, de Economia de Mercado , com as forças armadas e policiais supostas republicanas e apartidárias.

Depois dos acontecimentos de 1992 na sequência das eleições, a UNITA resistiu até criar as condições de uma longa negociação que culminou na assinatura do Protocolo de Lusaka em novembro 1994. Destaca-se deste Protocolo o governo de unidade e reconciliação nacional (GURN). Este exercício provou que é possível aos angolanos trabalharem juntos se vontade politica e patriótica os habitar.

Em 2002 a heroica morte do Presidente Fundador constituiu a pior crise da trajectória da UNITA.

Todavia o maior capital que a liderança do Dr.Savimbi legou aos angolanos isto é, o Projecto de Sociedade , os dirigentes e quadros de diferentes matizes e escalões permitiu a sobrevivência da UNITA e o seu crescimento exponencial, interna e externamente. Este facto demonstra a perene vitalidade e a adaptabilidade, aos tempos, dos princípios fundantes da UNITA e confere-lhe toda legitimidade e a responsabilidade de, na unidade com todos, levar o país à primeira, urgente e inadiável alternância do poder político e abrir, para Angola, um horizonte de felicidade material e espiritual.

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, reafirma a sua firme vontade política de trabalhar com todas as forças vivas de Angola para, na conjugação de esforços, exigir a institucionalização das Autarquias Locais, uma realidade negada aos angolanos ao longos dos 47 anos de independência, o que faz de Angola o único país sem poder local, na região austral do continente africano. A pretensa nova divisão politica e administrativa deve ser repudiada redondamente.

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA expressa a sua indefectível solidariedade com as diferentes classes profissionais que reivindicam pela melhoria das suas condições laborais, salariais e de vida e exorta o Executivo angolano a não transformar em inimigo jurado quem contesta as suas políticas.

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA apela ao povo angolano a encarar com seriedade e repulsa os mais recentes escândalos e crise no poder judiciário que causou a demissão da Presidente do Tribunal de Contas e coloca em apuros sérios o Presidente do Tribunal Supremo.

De crise moral no poder judicial passou-se para uma crise institucional quando a Presidência da República, de forma intempestiva, interferiu no poder judicial afectando o normal funcionamento das instituições do Estado Democrático de Direito de que Angola se reclama, ferindo a CRA que estabelece de forma clara a separação dos três poderes.

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA exorta os seus membros ao redobrar de esforços de mobilização dos eleitores para a alternância política em 2027, começando pelo desafio da implementação das autarquias locais, em todos os municípios do país, no decurso de 2023, pois elas são, até prova contrária, a via certa do desenvolvimento das comunidades.

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA reconhece , a seu justo valor, o papel desempenhado pelo Ex-SG da UNITA, Lukamba Paulo Gato, enquanto Coordenador da Comissão de Gestão de Fevereiro de 2002 a Junho de 2003, pela coragem, realismo , firmeza flexível e consensual com que liderou o processo negocial que culminou na assinatura do Memorando de Entendimento Complementar do Luena aos 4 de Abril de 2002. Doutro lado enaltece a forma sábia como dirigiu a unificação interna do Partido cujo epílogo foi o histórico bem sucedido IX Congresso Ordinário realizado em Luanda em Junho de 2003.

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA dirige o seus profundos agradecimento e apreço ao mais velho Presidente, Isaías Samacuva pela maneira como soube manter a UNITA muito dinâmica no xadrez politico e tranquila, perante as provocações do regime durante 16 anos de sua liderança, em nome da consolidação da paz e do aprofundamento do sistema democrático.

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, em nome de todos os membros, simpatizantes , amigos, eleitores e o povo em geral felicita, efusivamente, o Presidente da UNITA e Líder da FPU, Eng. Adalberto Costa Júnior pelo inédito resultado eleitoral nas eleições gerais de 24/08/2022, embora não reflita a verdadeira vontade dos eleitores expressa nas urnas.

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA encoraja o presidente Adalberto Costa Júnior a prosseguir firme na sua visão de unidade das forças vivas da sociedade e da respectiva estratégia tendo na mira, hoje mais do que nunca, a necessária alternância do poder, no nossso Paìs, ANGOLA.

VIVA ANGOLA
VIVA A UNITA
ViVA O 13 DE MARÇO
Viva para sempre a memória heróica do Dr Jonas Malheiro Savimbi
Unidos Venceremos!
Luanda, 13 de Março de 2023.

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA
Em destaque
09/03/2023
10/02/2023
O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, vem acompanhando com muita atenção e de forma preocupante o caos político-jurídico e moral de que enfermam o sistema judiciário em geral e os Tribunais de Contas e Supremo, em particular. Tal quadro acontece devido às constantes e grosseiras interferências políticas e violações aos estatutos destas Instituições por parte da Presidência da República e do regime, no seu todo.
De acordo com a nota de Imprensa do Secretariado Nacional da Comunicação e Marketing da UNITA, distribuída à imprensa, o Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, efectua a partir desta sexta-feira, 10 de Fevereiro de 2023, uma visita de trabalho a província do Bengo.
Informou à Angop na sua edição desta quarta-feira, 22 de Março de 2023, seis pessoas, membros da mesma família, morreram, na madrugada desta quarta-feira, no distrito urbano do Rangel, província de Luanda, em consequência de um incêndio que deflagrou no interior da sua residência.
O canal de TV Digital, Camunda News, na plataforma Youtube e demais redes sociais vão deixar de produzir conteúdos de natureza informativa e política por um período indeterminado, tal como noticiou A Rádio Eclésia em seu serviço de notícia desta terça-feira, 14 de Março de 2023, que cita a publicação online: “Isto é notícia”.
Encontra-se internado no Hospital Dom Cardeal Alexandre, em estado grave, o activistica Manuel Chivonde “Nito Alves”, depois de ter sido vítima de atropelamento nas primeiras horas deste sábado, 11, junto a rua onde reside, em Viana.
O líder do autodenominado Movimento do Protectorado da Lunda-Tchokwe, José Mateus Zecamutchima, liberto após um ano de prisão considerou injusta a sua condenação por crime de associação de malfeitores, tendo considerado a prisão como sendo política, e prometeu na sua comunicação à imprensa, continuar a luta pela autonomia da região.
A Associação dos Juízes de Angola e o Sindicato Nacional dos Magistrados do Ministério Público anunciaram esta quinta-feira, 09 de Março de 2023, entrar em greve nos próximos dias nos dois órgãos judiciais, nomeadamente à PGR e ao Conselho Superior da Magistratura, para a melhorias das condições laborais dos funcionários das duas instituições judiciais.
Dois tribunais superiores sob investigação judicial e parlamentar e um PGR demissionário abrem crise na justiça angolana. Luta contra a corrupção acabou, diz Rafael Marques. E a culpa é do Presidente.
Eco do Partido
Campo do militante
“O contributo das FALA nos momentos marcantes da História Política de Angola que ditaram o surgimento da Segunda República como Estado Democrático de Direito e das FAA”, foi o tema do workshop realizado neste sábado, 21 de Janeiro de 2023, que decorreu em Luanda, no Complexo Sovsmo, por ocasião das comemorações da fundação do braço armado da UNITA, as extintas FALA, apresentado pelo General na Reforma, Abílio Kamalata Numa.
Segundo Club-k na sua edição desta terça-feira, 10 de Janeiro de 2023, o actual secretário provincial da Juventude Unida e Revolucionária de Angola (JURA), em Luanda, Domingos Palanga, 35 anos, revelou ao Club-K que vai disputar o cadeirão máximo da organização juvenil, no 5º congresso ordinário, agendado para os dias 15 e 17 de Março deste ano, no complexo Sovsmo, em Viana.
Intolerância
Palavra do Presidente
O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, discursava neste sábado, 18 de Março de 2023, no acto central das comemorações dos 57 anos de fundação da UNITA, realizado no Campo Olímpico de Viana, em Luanda, onde afirmou que, tudo está em crise, em que defendeu não haver neste momento nenhum sector social da nacional que não está em greve e que não tem problemas sociais.

“Tudo está em crise. Qual é o sector da vida nacional que não tem greves? Qual é o sector da vida que não tem problema social? Qual é? Qual é o que não tem manifestado? Qual é o sector, digam-me: qual é o que não tem? São os médicos, são os professores, são os enfermeiros, são os juristas, são as zungueiras; toda gente vai para rua: toda gente, em protesto contra um governo nacional. Qualquer coisa que não está bem”.

“Então, nós renovamos algumas das partilhas que fizemos na campanha: para se fazer inclusão, larga então o teu partido, fica só o Presidente de todos nós; fica só o Presidente de todos nós. É difícil? É difícil?! É difícil ficar só o Presidente de toda Angola? É difícil? É difícil largar lá o seu partido? É difícil? Mas, nós estamos a pedir: larga o teu partido enquanto és Presidente. Serve o país, serve a nação. Qual é a dificuldade afinal? Qual é a dificuldade? Qual é a dificuldade?!”, questionou o líder partidário.

“Então, a pergunta que nós fazemos é: porque é que querem ficar agarrados ao poder? Ficam agarrados ao poder para fazer o quê se não servem o seu povo? Por quê? É pelo dinheiro diz o povo, diz a juventude. É pelo dinheiro”.

“Mas, esta é uma passagem muito rápida minha gente, esta é uma passagem efémera, dizemos assim. Amanhã acabou. As pessoas estão muito iludidas, amanhã acabou. Isto passa muito rápido. E, depois? E, depois o que é que vai acontecer? O que é que vai acontecer? É por causa disso, que depois, têm medo de largar o poder. Têm medo de largar o poder porque têm consciência que não utilizam o poder para servir o seu povo para servir as suas gentes. E, este é o erro. Este é o erro!”.

O Presidente da UNITA apontou a alta corrupção à nível do estado e governamental como uma das razões da má governação.

“É por causa disso que a contratação simplificada virou a norma. Meus amigos, a contratação simplificada é corrupção. A alta corrupção é a forma mais activa de fazer corrupção, é a inexistência dos concursos públicos. E, das eleições para hoje, é a prática de todos os dias”.

O responsável da UNITA disse que há dinheiro para realizar Angola.

“E, meus companheiros, é altura de partilhar convosco aqui uma triste realidade; muito triste. Nós, ouvimos dizer que: há problemas, há muita criança, há muita casa sem água, há casa sem luz, não há empregos, os empresários angolanos não têm dinheiro: todo tipo de justificações. Mas, entretanto, eu sou daqueles que diz: não é verdade. Há dinheiro sim, para se realizar Angola e os angolanos. Há dinheiro: há dinheiro para evitar a extrema pobreza, há dinheiro para evitar os suicídios, companheiros”.

Adalberto Costa Júnior disse que, “Só não estamos melhor porque, quem nos governa está cansado; está mal formado, virou as costas ao seu povo, perdeu a criatividade, e o pior de tudo, é que não têm humildade de pedir ajuda a quem pode ajudar. Quando você diz: eu vim falar, eu vim ajudar, te respondem com arrogância. E, é exactamente isto que nos conduz ao desastre”.

Fonte: ASS. IMP./ UNITAANGOLA

grupo parlamentar 
O Grupo Parlamentar da UNITA, no âmbito da sua actuação enquanto conjunto de representantes legítimos do soberano Povo de Angola, enviou nesta terça-feira, 21 de Março de 2023, uma missão à República de Moçambique, composta pelos Deputados Olívio Quilumbo (4º Vice-Presidente do Grupo Parlamentar da UNITA e membro da Comissão de Administração do Estado e Poder Local), Maria do Espírito Santo Monteiro e João Kanda Bernardo (ambos membros da Comissão de Direitos Humanos, Petições, Reclamações e Sugestões dos Cidadãos).

Na agenda de trabalhos constam cumprimentos de cortesia ao Embaixador de Angola em Moçambique, a 22 de Março, assim como uma visita à Direcção-Geral da Bancada Parlamentar da RENAMO também a 22 de Março.

No mesmo dia a delegação vai igualmente visitar o cidadão "Man Genas" e sua família, bem como manter encontros com a Representação das Nações Unidas para os Direitos Humanos, associações moçambicanas dos Direitos Humanos e demais organizações da sociedade civil local, a 24 de Março, e com a comunidade angolana residente em Maputo. No final da missão será realizada uma conferência de imprensa a ter lugar no dia 24 de Março para o balanço da visita à Moçambique .

De realçar que a visita surge na sequência de contactos efectuados entre o Grupo Parlamentar da UNITA e entidades do Estado moçambicano e da sociedade civil, em favor da protecção política e jurídica do cidadão “Man Genas” e sua família, obrigados a buscar refúgio no país irmão do Índico e donde as autoridades angolanas os quiseram extraditar à força.

Luanda, 20 de Março de 2023

O Grupo Parlamentar da UNITA
L.i.m.a - actividades
O SECRETARIADO EXECUTIVO DO COMITÉ NACIONAL LIMA
Através da presente nota, manifesta o seu profundo sentimento pelo passamento físico do Combatente exímio das Ex-Forças Armadas de Libertação de Angola "FALA" , um companheiro com quem galgámos montanhas, atravessámos chana e anharas de Angola profunda, palmilhámos todo espaço territorial do nosso país juntos; arregaçamos as mangas para a conquista da Democracia, sabiamente conduzidos pelo Guia e Mestre, Dr. Jonas Savimbi, Democracia esta que hoje se vai construindo, dia após dia!

Neste momento de profunda for e luto, o Secretariado Executivo do Comité Nacional da LIMA, verga-se ante a sua memoria e solidariza-se com a familia enlutada!
Cada Ser Humano, em vida escreve a sua propria historia. Pois, passam os homens, ficam os seus feitos. Prova disso, eis o testemunho do Gen. Carlos Kandanda que fala do malogrado, com conhecimento de causa e passamos na integra.

"EM MEMÓRIA DE KUFUNA YEMBE
Em nome da minha família e em meu nome pessoal tenho o dever patriótico de prestar a nossa homenagem ao General José Antero Kufuna Yembe, conjurado do Muangai, que nos deixou definitivamente no dia 10 de Março de 2023, na Cidade do Luena.

Neste momento conturbado queiramos expressar os nossos profundos pêsames e endereçar as nossas mais sentidas condolências à família enlutada, sobretudo, á sua viúva, que sempre esteve ao lado dele nos momentos mais difíceis da travessia do deserto, como consequência do final da guerra-civil – em 2002.

O malogrado Kufuna Yembe foi um nacionalista abnegado, um antigo combatente e veterano da pátria, um cabo de guerra mais destacado e mais temido, que sempre esteve na primeira linha de luta pela independência nacional e pela democracia plural.

Lembro-me que, em 1967, de regresso ao interior do país, vindo de Lusaka, com Samuel José Chiwale, Moises Njolomba, Eduardo André Sakuanda, Júlia Mukumbi e Rev. Francisco Kafunga, fomos recebidos por Kufuna Yembe e por Zeca Directo Katali nas margens do rio Lukula, um afluente do Rio Luanginga, próximo da fronteira da Zâmbia.

No fundo, eles ficaram com a responsabilidade de garantir a segurança do corredor entre o rio Lungué-bungo e o rio Luanginga, na perspectiva do regresso do Egito (Cairo) do Presidente Dr. Jonas Malheiro Savimbi e do Secretário-Geral Miguel N’Zau Puna.

Aliás, foram eles que nos conduziram para as áreas do Lungué-bungo, perto do Caminho de Ferro de Benguela, onde se ergueu a Base de Apoio das Terras Livres de Angola, onde se iniciou a estruturação das primeiras unidades de guerrilhas e de onde se progrediu para o Planalto Central, para as Lundas e para o Kuando Kubango.

Nesta altura, de 1967-1968, todos os corredores onde penetraram os 11 comandantes da UNITA, treinados na Academia de Nanking, na China, estavam em pleno desmoronamento. O único espaço mais estável e mais seguro foi este corredor, acima referido.

O malogrado Kufuna Yembe fez parte do «núcleo duro» dos quadros político-militares, treinados no interior do país, que assumiram integralmente a luta de libertação nacional, já que, uma boa parte dos comandantes treinados na China e na Tanzânia, no Campo de Kongwa, estavam presos, mortos ou retiraram-se para Zâmbia.

Em 1969, no rescaldo do regresso do Cairo do Jonas Malheiro Savimbi, Kufuna Yembe neutralizou e desbaratou a operação militar dos Flechas, sob o comando do Tiago Sachilombo (natural do Huambo e treinado na China), na localidade do Chilongoi, ao longo do rio Luanginga.

Essa operação militar estava enquadrada na Estratégia do Exército Colonial Português e da PIDE que visava aliciar os comandantes da UNITA, infiltrar as unidades de guerrilhas, penetrar nas áreas sob o controlo da UNITA, localizar a posição do Jonas Savimbi, invadir a área, capturá-lo ou matá-lo.

A operação do Chilongoi foi muito complexa e de grande envergadura, que exigiu muita inteligência, astucia, habilidade e rapidez para iludir e surpreender o inimigo, e pô-lo em debandada, abandonado todo o seu armamento.

Ao longo da luta de libertação nacional e do período que seguiu o 25 de Abril de 1974, Kufuna Yembe foi um dos melhores comandantes da UNITA, que palmeou o país – do Sul ao Norte. O Kufuna Yembe foi uma personalidade muito forte, carismático, corajoso, frontal, astuto, leal, disciplinado, firme, intransigente e persistente.

De facto, o Kufuna Yembe foi um soldado, por excelência, aprumado, que sabia aplicar eficazmente a Arte de Guerra, mesmo nas condições difíceis e desfavoráveis. Na verdade, ele foi feliz, ter-se trilhado uma longa caminha sinuosa e gloriosa, cheia de odisseia e de epopeia.

Somente fico mais triste quando está em evidencia o facto de que, os que fazem uma História não fazem parte da mesma História. Essa é uma realidade inequívoca, dura, amarga, e tão claro como água, que ofende a consciência do Homem.

É neste contexto da vida humana que a História é distorcida diante os factos da História. Mas, como a História é implacável, ela sempre emerge do fundo do Mar, e se afirma de modo intransigente. Paz à Sua Alma. Descanse em Paz! Glória nas Alturas.

Luanda, 11 de Março de 2023"

Adeus Companheiro De Luta!

Adeus Companheiro Da Longa Marcha!

Paz Eterna À Sua Alma!

Honra E Glória Aos Nossos Mártires!

O Secretariado Executivo do Comité Nacional da LIMA








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Terça-feira, 28 de mars de 2023