UNITA - ANGOLA
O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior deslocou-se esta segunda-feira, 21 de Junho de 2021, à província de Benguela, para estar presente nas cerimônias de homenagem às vítimas mortais de acidente de viação, ocorrido dia 17 do mês em curso, causando morte a seis pessoas e vários feridos, entre membros do Partido e da liga da Mulher Angolana.
29/04/2024
Sob orientação de Sua Excelência Presidente da UNITA, Eng.º Adalberto Costa Júnior, teve lugar, no dia 24 de Abril de 2024, no Complexo Sovsmo, em Luanda, a VIII Reunião Ordinária do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA.

A reunião foi antecedida do Informe pelo Presidente do Partido que procedeu a uma análise detalhada e profunda da situação política, económica, social e diplomática do País;

Após profunda discussão sobre os pontos constantes da agenda de trabalho, o Comité Permanente da Comissão Política da UNITA torna público o seguinte Comunicado:


1 – Sobre a situação Política e Económica-Social do País.

O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA solidariza-se com os deputados do Grupo Parlamentar da UNITA e com todos os que os acompanhavam, vítimas dos ataques ocorridos, na sede da Comuna do Longa, Província do Cuando Cubango e condena a existência no país de bolsas territoriais onde só é permitida a existência exclusiva do Partido no Poder e banida com violência a presença de outras forças político-partidárias. São exemplos; o caso do Longa no Cuito Cuanavale, do Mbave na Província do Huambo e de Kapupa na Província de Benguela, entre outros. Em virtude de tal barbaridade configurar-se como um crime público, exige-se da Procuradoria Geral da República promover as diligências necessárias para que os seus autores e mandantes respondam, pelos seus actos, nos termos da lei.

O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA manifesta com gratidão a solidariedade prestada pelas organizações da sociedade civil, instituições nacionais e internacionais defensoras da democracia, Igrejas e individualidades aos deputados do Grupo Parlamentar da UNITA e aos seus acompanhantes que foram vítimas dos ataques na Província do Cuando Cubango, e encoraja os cidadãos angolanos a preservarem a Paz e juntos trabalharmos para a genuína reconciliação nacional.

O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA declina energicamente o projecto do Governo de passar de 164 para 325 municípios e organizar eleições somente em 80, enquanto nos demais municípios os administradores continuariam a ser nomeados.

O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA agradece as contribuições da sociedade civil que enriqueceram o projecto de Lei sobre a Institucionalização Efectiva das Autarquias, e encoraja a criação de um amplo movimento de mobilização dos cidadãos para exigir a Institucionalização efectiva das Autarquias em todo território nacional, em simultâneo.

O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA constata com preocupação a catastrófica situação socioeconómica das famílias angolanas, situação que se agrava com as medidas económicas tomadas pelo Executivo angolano nos últimos meses, com maior realce para a retirada do subsídio ao gasóleo, obrigando os consumidores a pagar 48% mais do que pagavam anteriormente. Não se opondo ao bem fundado do princípio da retirada gradual dos subsídios, todavia, a UNITA defende que tal retirada seja feita de forma mais gradual e em parcelas correspondentes a subida do nível de vida das pessoas para não despoletar a subida violenta dos preços com todas as consequências para os angolanos mais desfavorecidos.

O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA solidariza-se com a greve intercalada convocada pelas centrais sindicais do País, que cumpre nesta semana a sua segunda fase e, mais uma vez, apela ao Executivo para um diálogo sério com os representantes dos sindicatos que procuram por uma actualização justa dos salários, face à perda expressiva do poder de compra dos seus ordenados, resultante da falta de políticas económico-sociais que salvaguardem os interesses nacionais. O aumento suplementar de 30 mil kwanzas para o regime geral, decretado pelo Presidente da República, é uma clara demonstração da falta de vontade de diálogo por parte do Chefe do Executivo.

O Comité Permanente da Comissão Política reitera a disponibilidade e a total entrega da UNITA em trabalhar com todas as forças vivas da sociedade e instituições da República de Angola para juntos encontrarmos soluções que tragam um desenvolvimento sustentável para o nosso País, Angola.


2 – Sobre a situação Diplomática
O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA saúda o 50º aniversário da Revolução dos Cravos em Portugal, que se comemora neste 25 de Abril e apela a solidariedade do povo português para com os esforços da democratização de Angola.

O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA constata com profunda preocupação a situação dos conflitos; na República Democrática do Congo, em Moçambique, no Sudão, na Ucrânia e no Médio Oriente e apela a comunidade internacional para o diálogo com vista a paz global.

O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA acolheu de bom grado a Resolução saída da Reunião da Assembleia Geral da IDC, que teve lugar aos 13 de Abril de 2024, em Marrakech, Marrocos, que incentiva a aprovação de uma legislação que puna governos que recorram à golpes constitucionais em todo o mundo para permanecer no poder, e encoraja o Presidente do Partido, Eng.º Adalberto Costa Júnior a continuar o trabalho diplomático que tem desenvolvido durante estes anos em prol da defesa do Estado Democrático de Direito para Angola e reitera-lhe incondicional apoio.



3 – Sobre a vida interna do Partido

O Comité Permanente da Comissão política analisou e aprovou o Relatório e Contas referente ao IV trimestre de 2023, bem como o programa de actividades para: Maio, Junho e Julho de 2024.

O Comité Permanente da Comissão política da UNITA aprovou as pertinentes resoluções inerentes a vida interna do Partido bem como discutiu e endossou às comissões de trabalho específico a documentação necessária para a efectivação das metas à curto e médio prazos.

Luanda, 24 de Abril de 2024.

O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA
Em destaque
08/04/2024
12/03/2024
O Povo angolano celebra neste dia 4 de Abril de 2024, o 22º aniversário da assinatura, em Luanda, o Memorando de Entendimento Complementar do Luena. O dia 4 de Abril figura na História de Angola, como o dia da Paz e Reconciliação Nacional, no culminar de um longo processo que teve como base os Acordos de Alvor, em Janeiro de 1975, de Bicesse, em 1991 e de Lusaka, em 1994.
O Mundo comemora hoje o Dia Internacional da Mulher. Esta data é o resultado de longas lutas da mulher, pela igualdade de direitos com o homem, desenvolvidas desde o fim do século XIX e durante o século XX. Foi em 1975 que o dia 8 de Março foi instituído e oficialmente reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), como dia Internacional da Mulher.
O Hospital Josina Machel mas conhecido por (ex-Maria Pia), registou nesta quarta-feira, 17 de Abril de 2024, mais de trinta mortes, para além das mortes dos dias 15, 16 do corrente mês.
As centrais sindicais convidaram esta quarta-feira, 17, a imprensa, para possível convocação da segunda fase da greve geral, segundo uma nota chegada esta manhã à redacção da Rádio Correio da Kianda.
Um estudo divulgado esta terça-feira, 16, em Luanda, revela que a falta de vontade política está entre os principais constrangimentos à implementação das autarquias locais em Angola.
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) confirmou, nesta quinta-feira, 29 de Fevereiro de 2024, a detenção do cidadão angolano Gerson Eugénio Quintas, mais conhecido por “Man Gena”, acusado de crimes de roubo qualificado, abuso de confiança e ultraje ao Estado.
O Serviço de Investigação Criminal – SIC, explicou nesta quarta-feira, 28 de Fevereiro de 2024, em conferência de imprensa em Luanda, que o ex-traficante de drogas, Gelson Manuel Quintas, já foi entregue ao ministério público o interrogatório, na sequência das acusações que pesam sobre si, contra os governantes angolanos.
Em pleno mês da paz e no exercício democrático, assiste-se pelo país, à intolerância política desenfreada, de um lado, com atitudes de falta de civismo da parte de quem governa, manifesta na falta de vergonha de governadores provinciais negarem ou esquivarem-se dos cumprimentos de cortesia aos deputados do Grupo Parlamentar da UNITA, com o cúmulo da ausência da cultura democrática e da consciência de convivência na diferença, à que estamos todos condenados a vivermos como irmãos e como estado plural!
Eco do Partido
Campo do militante
O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva regressou esta sexta-feira, 12 de Junho de 2013, a Luanda, depois de uma longa digressão pelas províncias do Leste de Angola, nomeadamente, Lundas Sul e Norte, Moxico e Malanje.
Antonieta Kulanda, apresentou a sua posição recentemente num encontro promovido pelo Secretariado-Geral da UNITA, realizado no Hotel Skyna, em Luanda, que contou com quatro prelectoras entre as quais a ex-Secretária-Geral Adjunta da JURA, Arine Nhany, onde abordou-se o tema: “A UNITA e os Desafios da Consolidação da Democracia e do Desenvolvimento Sustentável”.
Intolerância
Palavra do Presidente
Em entrevista concedida recentemente, ao Presidente da UNITA Adalberto Costa Júnior, no Jornal Nascer do Sol, de Lisboa, após a reunião do IDC-CDI, que decorreu nos dias 12 a 13 de Abril de 2024, em Marroco. O líder da maior força Angolana, mostrou-se preocupado com o retrocesso da qualidade democrática em Angola.
O Presidente da União Nacional para Independência Total de Angola, Adalberto Costa Júnior, mostrou-se seriamente preocupado com aquilo que considerou ser o retrocesso na qualidade da democracia em Angola.

A violação das mais elementares regras da democracia e dos direitos cívicos dos cidadãos é também, diz, do conhecimento das organizações políticas internacionais. Na recente Assembleia-Geral da Internacional Democrata Centrista (IDC-CDI), foi pedido ao Governo angolano e às instituições a ele ligadas «o respei-to escrupuloso pelo Estado de Direito, bem como o respeito pelos direitos humanos e a transparência na gestão dos assuntos públicos» . Esta organização, que reúne partidos de centro-direita de todo o Mundo, criticou ainda o facto de «a manipulação do poder judicial pelo Estado ser uma prática comum em Angola» .

Adalberto Costa Júnior é presidente da UNITA desde 2022 e a principal voz da oposição em Angola e nos diferentes fóruns internacionais em que participa. É, por isso, acusado pelo MPLA de antipatriotismo. Em entrevista ao Nascer do SOL, em Lisboa, elogiou um «povo rico de caraterísticas, mas extremamente violentado pelo seu próprio Governo» . Reforçou a ideia de que não há democracia no país e alertou para a forte possibilidade de as reivindicações de rua poderem tornar-se violentas. «Em outros países, o povo já se tinha revoltado, felizmente que isso não aconteceu em Angola» , afirmou.

Passaram dois anos sobre as últimas eleições, como está a situação política actualmente em Angola?
Está muito complexa. A seguir a um ato eleitoral existe sempre a expetativa de haver mudanças, especialmente junto da população, uma vez que foram apresentadas novas propostas. Mas, infelizmente, o que aconteceu foi uma degradação generalizada da situação no que diz respeito aos direitos e liberdade dos cidadãos, e as reformas que toda a gente esperava ficaram por fazer. Logo que as eleições terminaram vivemos um período de prisões e ameaças, isso levou a que muitas pessoas tenham saído do país, nomeadamente jovens e quadros qualificados, o que é muito grave. Angola está, desastrosamente, distante daquilo que todos nós gos-taríamos que fosse.

As eleições ainda pesam na realidade angolana?

Sem dúvida. Foram identificados os fatores que levaram a que os resultados não tenham correspondido às expetativas dos governantes. Hoje em dia, toda a gente diz que quem está a governar não ganhou. Posso afirmar de forma muito clara que quem tem mais consciência disso é o partido que está no poder. A prova disso foi a vitória, por larga margem, em Luanda e nas principais cidades do país.

Não houve, então, a desejada pacificação e abertura democrática, é isso?

Continua a não haver diálogo, não há reformas e o que vemos são permanentes violações à Constituição. O regime adotou um quadro de leis absolutamente incomuns nos países democráticos, que restringem as liberdades civis e visam as organizações não governamentais, o que é condenável. A lei de segurança do Estado tem um artigo onde diz que o cidadão tem a obrigação de denunciar quem tem opiniões distintas. A diferença de opinião passa a ser crime. Pior do que isso, continuam os assassinatos de opositores ao regime angolano, isso cria um ambiente de medo nas pessoas.

Na semana passada, o grupo parlamentar da UNITA foi atacado na zona de Kuando-Kubango e registaram-se vários feridos. O que se passou?

A comitiva que ia para as Jornadas Parlamentares foi violentamente atacada em Cuando-Cubango. Foi tudo organizado e é uma fotografia real de Angola. Tínhamos pedido autorização à presidente da Assembleia Nacional, ao comandante-geral da Polícia e ao comando provincial de Cuando-Cubango para fazer essa visita de observação, uma vez que o regulamento interno da Assembleia Nacional obriga a que qualquer ação pública dos deputados tenha de ser autorizada por uma comissão parlamentar, que tem uma maioria do MPLA. Importa dizer que este ferrolho às liberdades agride a Constituição, pois os deputados não têm deinformar quando fiscalizam. Ainda assim, os deputados da UNITA foram agredidos quando cumpriam o seu mandato de fiscalização. A explicação dada foi que a polícia não sabia que o grupo parlamentar estava nessa área. O principal responsável pelo que aconteceu é o Presidente da República, é ele que mantém pessoas incompetentes e incapazes em cargos de responsabilidade.

Receia novos ataques à UNITA?

Digo apenas que não foi a primeira que fomos atacados. Em 2016, o grupo onde eu seguia foi alvo de um atentado em plenas Jornadas Parlamentares de que resultaram dez mortos. Estivemos sempre sob forte vigilância policial, e quando fomos atacados pelas milícias a Polícia fugiu do local. Continuamos a exigir a responsabilização moral e material pelo que aconteceu.

Há quem considere que o seu partido devia ser mais agressivo na oposição ao Governo do MPLA, e que os discursos românticos não levam a lado nenhum. Concorda com essa ideia?
Entendo que as pessoas estão desesperadas e querem uma Angola melhor, esse sentimento é mais visível nos jovens. Há uma minoria com posições extremadas, mas essa minoria pode crescer porque não vê melhorias. A juventude criticou-me porque recusei ir buscar na revolução de rua a transição para a liderança política. O próprio regime esperava isso e preparou-se para fazer um banho de sangue, para depois colocar a responsabilidade na UNITA.

Existe o risco de a situação escalar para a violência em Angola?

Há pessoas que dizem que só com sangue se consegue fazer a transição para a democracia, também ouvi pessoas a dizer que estavam preparadas para morrer. Isto mostra o nível de desespero das pessoas.

Acredita numa eventual candidatura de João Lourenço a um terceiro mandato?
Isso não é permitido pela Constituição, mas existe esse debate sobre a mesa. Não somos diferentes de outros países e, se o Presidente insistir num terceiro mandato, a UNITA vai ter a iniciativa de vir para a rua. Sabemos o que estamos a fazer, mas existe algum risco e nenhum cenário pode ser excluído.

Juízes do Tribunal Constitucinal de Angola recusaram o pedido de destituição do Presidente João Lourenço apresentado pela UNITA. O que vai fazer agora?

No processo de impeachment reunimos dados oficiais que revelam provas de alta corrupção com conhecimento do Presidente da República, que deu privilégios a muita gente e a empresas. No dia do debate do impeachment a Assembleia Nacional violou a Constituição e o regimento interno, foram retiradas as urnas de voto apedido do presidente e mandou votar de braço no ar, o que é proibido pela Constituição, ainda assim o Tribunal Constitucional disse que foi tudo legal. Estamos a esgotar as alternativas internas e, muito possivelmente, teremos de recorrer a organismos internacionais. Temos provas suficientes para a destituição do Presidente e queremos que os Tribunais atuem e façam respeitar a lei.

Neste quadro, consegue perspetivar uma Angola como futuro, sobretudo para os jovens?

Claro que sim. Os jovens são muito penalizados pela situação do país e são eles que mais se manifestam perante o quadro de não transição para uma democracia plena. É uma juventude que ganhou perceção da realidade e que reage, apesar do regime tomar uma infinitude de medidas de repressão das liberdades e de perseguir e prender os líderes civicos. Há pessoas da sociedade civil nas cadeias porque criticaram o Presidente da República.

Há muito que defende a realização de eleições autarquicas, vai continuar essa luta?

Claro. É muito estranho que num país que diz ser democrata nunca tenha havido eleições autárquicas. É impensável exercer o poder de forma exclusiva, ainda por cima por alguém que defende a filosofia do Estado central. O partido do Governo considera que a pluralidade não conduz ao desenvolvimento. Ainda não houve essas eleições porque o Presidente da República não quer, é ele que mandano Governo. A UNITA apresentou um pacote legislativo autárquico em abril de 2018, desde então nada foi feito até hoje. Em Moçambique, por exemplo, é o mesmo partido que go-verna desde a independência e há eleições locais.

Acredita que estão na agenda do Governo para este ano?
Pode ser que aconteça, mas não vão ser democráticas.
O que está em causa?
O regime iniciou um processo para confundir e baralhar. A UNITA defende a realização de eleições em todos os municípios do país. Há essa possibilidade porque em todas as regiões existem administradores que são nomeados pelo Governo e que não prestam contas a ninguém. Houve um administrador do Kuanza-Sul que afirmou, há poucos dias, que 'não podemos fazer essas eleições porque quem vier vem roubar mais do que nós', e mantém-se no lugar. O projeto do Governo é passar de 164 para 325 municípios e fazer eleições em 80, nos outros municípios os administradores seriam nomeados. Ou seja, a legitimação popular iria cumprir-se em apenas 25% do território.

A UNITA tem pedido repetidas vezes reformas, a que se refere concretamente?

É urgente fazer a reforma da atual Constituição que é atípica. O Presidente da República não é eleito, mas depois transforma-se num deus na terra, com plenitude de poderes e inexistência de prestação de contas. Sendo o chefe do Governo nunca foi àAssembleia Nacional prestar contas. Dou outro exemplo, na África do Sul, o Presidente da República é o chefe do Governo e vai à assembleia regularmente. Tenho a certeza que no primeiro dia que o titular do poder executivo for prestar contas à assembleia a sua forma de governar muda e vai tornar-se mais transparente.

Voltamos aos casos de corrupção ativa?

Sem dúvida, as contratações públicas não se fazem por concurso. Antes das eleições, e no período imediatamente a seguir, 98% das contratações foram feitas sem concurso público, são as universidades, a sociedade civil e instituições apartidárias quem o afirma. A história do célebre envelope continua muito presente em Angola. As ofertas são corrupção ativa e causam danos irreparáveis ao Estado.

Num cenário destes, como avalia a situação econômica de Angola?

A economia está um desastre total. O valor do kuanza desvalorizou um terço e a inflação real é galopante. Um reconhecido economista disse-me que se aproxima dos 40%, sabendo que temos uma economia baseada na importação isso é gravíssimo. Há cada vez mais empresas a falir, o desemprego aumentou e assiste-se a uma fuga dos empresários. Este é um cenário que não gostaríamos de ver, mas é a realidade económica de Angola. Em contrapartida, quem está a governar gasta fortunas de dinheiro a vender a imagem de um país ideal. Quando temos instabilidade em todas as áreas estratégicas, uma crise social grave, uma pobreza extrema e crianças fora do ensino, o que faz o Governo? recebe todas as conferências internacionais que pode, com custos extremamente elevados. Está a comprar consciências fora do país.

Como é que os angolanos reagem a este momento?

Estão marcadas greves na função pública. Pela primeira vez, há paralisações totais como resposta a uma degradação das condições sociais e económicas. Temos, neste momento, todos os sindicatos afazer acordos e a exigir um aumento salarial que é absolutamente aceitável. As pessoas perderam um terço do poder de compra e o aumento salarial foi de apenas 5%. Existe um cenário de extrema pobreza, sobretudo nas famílias mais numerosas, há gente a passar fome em Angola e estamos no limite da tolerância.

Pensa que pode haver alguma mudança política por parte do partido do Governo?

Não acredito. Temos desafiado para o diálogo e para a necessidade daconcertação política, mas sem resultado. Estamos numa ditadura pura. Há pessoas que pelo seu percurso anterior perderam credibilidade e, agora, dirigem gabinetes presidenciais tanto no setor económico como na diplomacia externa. Quando falamos em concertação não estamos a dizer que queremos ir para o Governo, a UNITA quer ser ouvida e quer ajudar a resolver os problemas do país.

Que soluções sugere a UNITA para o futuro de Angola?

Somos um país pleno de recursos na-turais, é por aí que devemos começar. Além do petróleo, que é uma riqueza limitada no tempo, temos vastas terras agrícolas que devem ser bem aproveitadas. Angola tem igualmente recursos humanos para abraçar os futuros desafios, e, nas áreas especializadas, temos condições para criar programas que tragam de volta os angolanos altamente qualificados que estão por esse mundo fora.

A situação mundial está muito tensa e perigosa. Que comentário lhe merece a guerra na Ucrânia e o conflito no Médio Oriente?

Acompanho esses conflitos com natural preocupação. A UNITA levou ao Parlamento uma resolução a criticar a Rússia e a exigir a saída da Ucrânia, ao contrário do MPLA que votou afavor da ocupação russa. Em relação ao conflito israel o palestiniano, sempre fui a favor da criação de dois Estados nessa região. Os ataques do Hamas, a 7 de outubro, foram de extrema violência, mas a resposta de Israel foi desproporcionada e suplantou tudo o que é aceitável. A única saída é o diálogo. Mas não devemos esquecer a situação no continente africano, com golpes de Estado na África central e a instabilidade em Moçambique motivada pela presença do Daesh.

*Jornal Nascer do Sol






grupo parlamentar 
O Grupo Parlamentar da UNITA votou contra por verificar que esta lei colide grosseiramente com o princípio de igualdade e justiça social, pois, ela visa beneficiar os privilegiados de sempre e prejudicar os mais desfavorecidos que por falta de políticas claras e consentâneas do Estado para o empoderamento e fomento do emprego, recorrem ao garimpo como forma de sobrevivência;

O Grupo Parlamentar da UNITA votou contra por constatar que esta lei vai criminalizar e punir os mais pobres, em detrimento dos verdadeiros violadores que apoquentam a sociedade com ostentações e ocupações de extensas parcelas de terras ricas de minérios, nas quais não é permitida a circulação e acesso as populações, mesmo para prática de agricultura, pesca ou outras actividades de natureza produtiva;

O Grupo Parlamentar da UNITA votou contra por constatar que com esta lei as empresas de segurança e milícias radicadas em zonas de exploração mineira, doravante, terão carta branca para raptar, torturar e atirar a matar contra as vidas de pacatos cidadãos aí residentes;

O Grupo Parlamentar da UNITA votou contra por constatar que a lei aprovada não traz medidas de mitigação a respeito do fenómeno social, o que deveria minimizar o sufoco da miséria extrema e a fome que fustiga as populações locais.

Luanda, 25 de Abril de 2024. –
O Deputado Joaquim Nafoia

L.i.m.a - actividades
LIGA DA MULHER ANGOLANA LIMA
SECRETARIADO EXECUTIVO DO COMITÉ NACIONAL DA LIMA
2024 –ANO DA DEFESA PARTICIPATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


O Secretariado Executivo do Comité Nacional da LIMA, acolheu, com profundo sentido de tristeza e consternação, a notícia do acontecimento trágico que arrebatou do seu seio uma Grande Mulher, exímia guerreira, sempre pronta para servir, companheira fiel, ex-presidente da LIMA, na província do Bié, a Mãe Cândida Tchanga.

O fatídico, brutal e violento acontecimento que ocorreu pelas 5 horas da manhã do dia 17 de Abril do ano em curso, no troço dos congolenses, em Luanda, quando a malograda tencionava ir ao Centro Oncológico, para efectuar, a sua consulta de rotina, deparou-se com o inesperado que deixou o colectivo deste Secretariado muito chocado e muito abalado pela forma como foi posto, o fim da sua jornada terrena!

Mãe Tchanga, a LIMA perdeu um quadro, elevado à terceira potência, isso se nos atermos às formulas matemáticas, pois estamos a falar duma Mulher que se ajustava à todas as esferas da sociedade; uma Mulher que tinha verbo, que tinha mensagem, um Quadro à Medida, uma Mulher a altura, um exemplo de entrega às tarefas do Partido e em nome da Pátria, Mãe, Amiga e Companheira da longa jornada evários momentos, batalhadora, enfim, uma Mulher sempre bem disposta a espalhar o ar da sua graça e a esbanjar o seu o seu bom humor!

Mãe Cândida Tchanga em tempos difíceis da história de Angola, resististes, pois tivestes muitas vezes de sacrificar a família, arriscar à vida no cumprimento da missão nobre da Pátria; à titulo de exemplo é teres aceite abandonar Luanda, deixar para trás tudo quanto já havias conseguido juntar e vir para o Bié assumir a liderança da LIMA! Sim, aceitastes sem hesitar, alías, nem fazia parte do seu ser. Nunca olhastes para trás e sempre seguistes o caminho dos ideais Mwangayi, em qualquer ponto onde vos encontrasses até o fatídico dia em que azul do céu ecureceu! Será destino? Quanto ele foi infiel e cruel! Sim! É do acidente que nos estamos a referir!

A LIMA está ciente desta perda irreparável, pois, não existe maior tragédia na vida que ver a morte levar alguém que amamos e que tinha ainda muito para dar na edificação cabal da democracia; alguém que com ela partilhamos vários momentos e que dela, reiteramos, ainda muito se esperava! É uma dor impossível de se explicar! A Mãe desempenhou várias funções no Partido, na JURA e LIMA, para além de actividades de âmbito social de benfeitoria e entregue ao serviço religioso. A nossa petição a Deus é a de consigamos reunir forças, no sentido de todas nos refazermos deste indolente golpe e continuarmos a honrar os suas lutas, os seus feitos.

Nós, suas correligionárias estamos cientes do enorme vazio que a sua partida nos vai causar; somente, restar-nos-á, o silêncio, sem o som da sua voz, as suas acções, sobrará a escuridão sem o brilho do teu gargalhar rasgado, cativante e congregador! Aquele olhar conciliador que sempre emitiu mensagens! Para corroborar com a verdade e que ela seja dita; nunca, na verdade estamos preparadas, por mais que nos julguemos fortes o suficiente para o último adeus! Pedimos a Deus, muita paz e que encha, os nossos corações de coragem, força e abnegação para os tempos que teremos pela frente.

Nós, a LIMA, suas companheiras, através do Secretariado Executivo do Comité Nacional, endereçamos os nossos sentidos e sofridos pêsames, à família enlutada, à LIMA e à UNITA, Partido que abraçaste desde muito cedo e estamos confiantes que, a sua causa há de triunfar em honra e glória aos seus Mártires!

Adeus Companheira da Longa, mas Vitoriosa Marcha!
Paz eterna à sua alma!

Luanda, aos 21 de Abril e 2024.

O Secretariado Executivo do Comité Nacional da LIMA.

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Terça-feira, 30 de Abril de 2024